terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Escritos #1: Olhar para o mar


Um olhar para o infinito, além das ondas que quebram nas rochas beira mar. É um constante espetáculo de vem e vai. É algo sublime, algo natural, assim como os dias que passam despercebidos em meio a realidades diferentes. Uma visão primorosa sendo observada por alguém que tenta encontrar naquele momento respostas para os conflitos gerados pelo simples ato de viver. Inconstantes sentimentos que confundem a razão e fazem com que esta se torne apenas mais uma escrava dos momentos místicos que nos cercam. Amar é uma inconstância. Assim como as ondas do mar que não saem de seu ritmo, o amor trás momentos de dor e de alegria, que ressecam e alagam a alma, que abriga e subtrai coisas boas e ruins e as transformam em constantes experiências. Assim como o mar que se banha com a luz do luar todas as noites ou suga as lágrimas que as nuvens derramam sobre ele, o amor trás a perspectiva de algo novo, completo, sublime, irreal, a dor e a alegria lado a lado em um balé de misticismo sem explicação que confunde a mente até dos mais céticos. A imagem do infinito, um horizonte além do esperado, algo mais, além, nos coloca em uma busca pelo novo, por fugas da realidade ou apenas por respostas a todas as perguntas que perfuram a alma e nos passam a imagem do incerto, do inseguro. Assim como olhar para o mar é sonhar, amar é olhar para o mar.

Autora: Erica Azevedo

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